André Callegari, Brazil
Mis poemas
Lunes, Mayo 26, 2014 - 16:25
A Falsa Independência.
André Antonio Oliveira Callegari
As margens do riacho do IpirangaAvistei um pescadorCom vara e anzol na mãoFisgando os peixes em sua proclamação.O rio vermelhoDo Ipiranga era sua corDevido ao ato cometidoSangue no riacho brotou.Ainda colhemos o frutoDa proclamação que foi ocorridaOnde a falsidade foi admitidaE a verdade até hoje é escondida.
Viernes, Mayo 23, 2014 - 13:58
Jogo Sujo.
André Antonio Oliveira Callegari
Por quanto tempo caminhareiEnxergando a escuridãoAlmejando um horizonteSem salvaçãoProcurando por bençãoE encontrando a maldição.Há tempos busco por uma respostaE excogitando nas palavras que não me dissesteEu o compreendiPois a imensidão do mar que navegoÉ pouco perto dos fatos que refleti.Hoje!Consigo traduzir suas palavrasConsigo enxergar suas mentirasConsigo me desfazer da ilusão
Viernes, Mayo 9, 2014 - 13:02
Deus Capital.
André Antonio Oliveira Callegari
Um embriãoCom má formaçãoPrimogênito com sede no serradoNascido ao apagar da luzVivendo em um monturo abandonadoCom solidãoSem exceçãoEntornando o sangue purificadoAdorando um Deus encarnadoDesignado a uma vida amaldiçoada.
Lunes, Mayo 5, 2014 - 13:30
O Escultor.
André Antonio Oliveira Callegari
Sem espátulaSem formãoApenas uma caneta, papel e coração.Trabalho árduoDe sol a solCom eloquênciaSentenciando toda forma de negligênciaTraduzindo o sofrimento do miserávelEsculpindo em meio a frases os seus problemasObservados através do seu próprio testemunho.Uma obra cinzelada na dorExpondo o alabastro e o seu feitorApontando em alto relevo todas as formas de tiraniaUma hierarquia com condenaçãoA glória desvirtude do oponente
Miércoles, Abril 16, 2014 - 13:22
Estamos Chorando.
André Antonio Oliveira Callegari
Um sorriso lindoPura gentilezaDesfez-se ao cair de uma lagrimaExpressando toda a tristezaDe uma belezaDa formosuraDe uma vida amargaDa indelicadezaDo tom agressivo da natureza.Encarcerada na prisão do desejo alheioE marcada pelo orgasmo do seu genitorA morte lhe servirá como alivioE a lágrima que cai de seus olhosEcoa como um avisoVenham me libertar!
Martes, Abril 15, 2014 - 13:24
Solilóquio.
André Antonio Oliveira Callegari
Que sociedade lindaQue sociedade belaDe bastarda derrotada, a cinderela.Refugamos o rotulo da pobrezaAtravés de mentirasAtravés de incertezas,Adiamos o final da novelaSem nenhum interesseSem nenhum conflitoApenas devaneios.Tragamos a alucinação da justiçaComo um perjúrio para a igualdadeDenotando a si próprio em um pedestalRatificando como pretexto a pazSem euforia
Jueves, Abril 10, 2014 - 08:38
Ganância.
André Antonio Oliveira Callegari
A ganância do homem esculpiu a sociedadeProliferou a desigualdadeDisseminando a ideia do acumuloPara o bem-estar de um certo consumo.A ganância do homem quebrou barreirasTranspassou o sentido do serTirando do seu coração a videiraColocando no chão concreto e cobrindo-o com madeira.Agora! Tudo faz sentidoO ideal é não sermos ouvidosO real a nós não é vendidoE o fardo que carregamos não é comedido.
Lunes, Abril 7, 2014 - 11:56
Reflexão.
André Antonio Oliveira Callegari
A terra girouO tempo passouA sociedade mudouE eu envelheci.Observo a tudoMas nada faz sentidoO amor, a felicidade e a riqueza.Observo a todosE ninguém me traz sentido.É! Acho que envelheci,Já é hora de partirA minha interpretação apoquentadaNão se dissolve como o sal dentro de um copo d’água.É! Já é hora de partir,Acho que envelheci
Lunes, Marzo 24, 2014 - 15:23
À Ferro e Fogo.
André Antonio Oliveira Callegari
Santos inocentesA mercê de demônios eloquentesCom sua argúcia influenteTranspassando o inconsequente.Vetos e votaçãoCapitalismo sem abstençãoDestinando a prole a subordinaçãoDa incompetência de um sistema sem razão.Argumentos irrefutáveisSão criados e alimentadosPara a nação,Para o nascer,Para o serE para todo o sofrer.
Lunes, Marzo 24, 2014 - 15:22
Exército do Mal.
André Antonio Oliveira Callegari
O primeiro batalhãoDirecionando a decisãoNecessitando de votaçãoPara armar seu alçapão.O segundo batalhãoEscondeu a notável repressãoCom o argumento informativoDistorcendo o nosso senso comunicativo.O terceiro batalhãoTem o capitalismo como guiãoDoutrinando a sociedade pelo bolsoRegulando as ações em troca de um prato de almoço.
Viernes, Marzo 7, 2014 - 20:46
Enigma.
André Antonio Oliveira Callegari
Ao vivo e a coresSem rumoresExistem vários roedoresNos corredoresCom más intenções nos bastidoresDisfarçando-se de credoresAteando fogo e recolhendo os extintores.Tudo no papelTimbrado e assinadoSem choro pelo leite derramadoSem esforço pelo sangue jorradoSem amor pelo irmão que morreu ao seu lado.
Sábado, Marzo 1, 2014 - 13:46
Meu Navio.
André Antonio Oliveira Callegari
Ancorado em mar revoltoHasteado com a bandeira da opressãoIdentifico o meu navioJunto com toda a tripulação.Sujeito da dominação do oponenteMesmo nu a quem me desmente,Forçado a navegar em um mar corrompidoVou disparando o meu canhão com um único objetivo.Pragmático, escaldado e insanoA ancora do meu navio estou içandoA bandeira da opressão estou retirandoE um futuro mais justo para a minha tripulação estou buscando.
Jueves, Febrero 27, 2014 - 13:26
Víboras.
André Antonio Oliveira Callegari
Como uma víbora sorrateira surge o estadistaGalgando em seu corcelUivando no posto de coronel.Como presas efêmerasEnvenenadas pela peçonha da ilusãoSeguimos morrendoNão de corpoSim de almaSim de espírito.Como víbora sorrateira surge o estadistaBem vestido, bem amparado,Destemido e amaldiçoado.
Miércoles, Febrero 19, 2014 - 14:19
Lavagem Para os Porcos.
André Antonio Oliveira Callegari
Meu avô tratava seus porcos com lavagemRecolhia o que de pior sobrava na mesaColocava em um baldeE os entregava com toda gentileza.O mesmo acontece nos dias de hojeO governa recolhe as sobrasIntitula como oficio do políticoE entrega para a populaçãoQue ausente de sabedoria toma a iniciativa da aceitação.Até quando vamos ficar com a lavagemAté quando vamos viver no chiqueiroAté quando vamos aceitar o que sobra.
Martes, Febrero 4, 2014 - 18:39
Se existisse amor.
André Antonio Oliveira Callegari
O inverno prevaleceuCongelou corações políticosO que refletiu na tristeza de quem mora no sertãoAquele cujo um pingo d’águaFaz reviver uma emoção.Cada pingo do meu serNão chega a tocar o chãoToda água que no sertão faltaNão da conta de encher um coração.Não vejo falta d’águaInterpreto como falta de amorA uma cultura prevalecente e relutanteQue fez de seu povo um esplendor.
Viernes, Enero 31, 2014 - 13:43
Quinhentos Anos.
André Antonio Oliveira Callegari
O Navio chegouNegro era sua corDe muito longe vinha o sangrentoCheio de alforriaPara abarrotar a senzalaQue nunca estará vazia.Ao resplandecer do diaUm recomeçoPara aquele que desembarcouO futuro nunca chegaráPara aquele que foi jogado ao marO presente não passará.
Jueves, Enero 23, 2014 - 15:41
Para os Dias Difíceis.
André Antonio Oliveira Callegari
Todo homem sem destinoNão sabe aonde vai chegarTodo barco a mercê do rioNavega por onde a força da água o levar.Um homem normalNão ousa nadar contra a correnteEnquanto um homem sábioNunca entra em água que forma corrente.Saiba que toda nuvem é passageiraE mesmo carregada de chuva não será a derradeiraSeja sábio!E aproveite a chuva da melhor maneira.
Miércoles, Enero 22, 2014 - 13:33
Sou Contra a Lei de Murici.
André Antonio Oliveira Callegari
Sinto pena de vocêAo te ver caminhar sozinhoEm seu olhar apenas uma estradaE em seu coração apenas um caminho.Tão solidária pode ser a vidaCom inúmeras pessoas ao seu ladoMas ao optar pela lei de muriciQuem caminha do seu lado vai desistir.Existem problemas que são extremamente pessoaisMais existem questões que são extremamente sociaisÉ errado pensar que cada um cuida de siPois socialmente quando cada irmão estender a mãoTudo terá solução.
Lunes, Enero 20, 2014 - 09:50
Olhar de Águia.
André Antonio Oliveira Callegari
Em uma rua sem asfaltoTornei-me um pequeno desbravadorPeregrinando por situações relevantes e conflitantesDesignadas ao veredito de uma vida traçada pela pobreza.Nesse mundo obscuro e sem direito a defesaNão escutei minha palpitaçãoInclinei minha cabeçaE voei com a razãoObservando de cimaO que em baixo me causava preocupação.Meus pés estão firmes no chãoEnquanto meus olhos pairamPor toda imensidãoEm todas as ocasiõesE sempre que meu coração chora
Viernes, Enero 17, 2014 - 13:02
Almas Sebosas.
André Antonio Oliveira Callegari
O pequeno príncipe tomou sua decisãoDefiniu a trajetória daquele que está sob suas mãosE em meio à podridão humana solicitou o seu óbito.Tão cruel foi a sua decisãoMesmo arbitrária, não gera contestaçãoTão injusto é o cerradoAglutina multidões, um povo encarcerado.Meu juízo tem sua própria direçãoEntende que o pequeno príncipe tem sua razãoO que o difere de pessoas apodrecidasAs verdadeiras almas sebosasQue nos cobram impostosE desvirtuam as nossas vidas.
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