O "porque" de ser
poema de Raimundo A. Fernandes
Subi ao céu
vivi como vivias tais criaturas aladas
desci ao mausoléu
de súbitas figuras alvoradas
Caminhei por secas e quentes veredas
a fome e a solidão sobrevivi
Tais que me recordo de suas lagrimas azedas
a qual jamais desejarei pra ti
Juntei ódio, esperança, ânsia e rancor
Transformei em sólidos pedaços de amor
Distribui tudo isso para que conhecem minha dor
Pensei é claro ... é claro que ninguém
ninguém sequer um dia iria entender, porém
isso é o que os mortais chamam de amor e que os tolos o mantém ...
Precisa-se de mais tolos ... que o mundo seja feito de tolos ...
que os tolos amem ... e amem muito e que acima de tudo que os tolos sejam felizes ...
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quem me dera ser um tolo ...
(Raimundo A. Fernandes)