Poesía de André Callegari
Viernes, Enero 31, 2014 - 13:43
Quinhentos Anos.
O Navio chegouNegro era sua corDe muito longe vinha o sangrentoCheio de alforriaPara abarrotar a senzalaQue nunca estará vazia.Ao resplandecer do diaUm recomeçoPara aquele que desembarcouO futuro nunca chegaráPara aquele que foi jogado ao marO presente não passará.
Jueves, Enero 23, 2014 - 15:41
Para os Dias Difíceis.
Todo homem sem destinoNão sabe aonde vai chegarTodo barco a mercê do rioNavega por onde a força da água o levar.Um homem normalNão ousa nadar contra a correnteEnquanto um homem sábioNunca entra em água que forma corrente.Saiba que toda nuvem é passageiraE mesmo carregada de chuva não será a derradeiraSeja sábio!E aproveite a chuva da melhor maneira.
Miércoles, Enero 22, 2014 - 13:33
Sou Contra a Lei de Murici.
Sinto pena de vocêAo te ver caminhar sozinhoEm seu olhar apenas uma estradaE em seu coração apenas um caminho.Tão solidária pode ser a vidaCom inúmeras pessoas ao seu ladoMas ao optar pela lei de muriciQuem caminha do seu lado vai desistir.Existem problemas que são extremamente pessoaisMais existem questões que são extremamente sociaisÉ errado pensar que cada um cuida de siPois socialmente quando cada irmão estender a mãoTudo terá solução.
Lunes, Enero 20, 2014 - 09:50
Olhar de Águia.
Em uma rua sem asfaltoTornei-me um pequeno desbravadorPeregrinando por situações relevantes e conflitantesDesignadas ao veredito de uma vida traçada pela pobreza.Nesse mundo obscuro e sem direito a defesaNão escutei minha palpitaçãoInclinei minha cabeçaE voei com a razãoObservando de cimaO que em baixo me causava preocupação.Meus pés estão firmes no chãoEnquanto meus olhos pairamPor toda imensidãoEm todas as ocasiõesE sempre que meu coração chora
Viernes, Enero 17, 2014 - 13:02
Almas Sebosas.
O pequeno príncipe tomou sua decisãoDefiniu a trajetória daquele que está sob suas mãosE em meio à podridão humana solicitou o seu óbito.Tão cruel foi a sua decisãoMesmo arbitrária, não gera contestaçãoTão injusto é o cerradoAglutina multidões, um povo encarcerado.Meu juízo tem sua própria direçãoEntende que o pequeno príncipe tem sua razãoO que o difere de pessoas apodrecidasAs verdadeiras almas sebosasQue nos cobram impostosE desvirtuam as nossas vidas.
Martes, Enero 14, 2014 - 14:49
Reluzente.
Está difícil de entenderPorque em um lado chove e no outro a seca vem abaterEstá difícil compreenderPorque poucos querem muito e muitos com o pouco contentar-seãoNão consigo fazer a relaçãoEntre um mundo globalizado e com ouroE um mundo pobre e com pessoas que transparecem apenas o couro.Não sei se é melhor ficar caladoVer tudo o que se passa e sorrir falseadoOu então por a boca no tromboneEscrever tudo o que pensaSem esperar por recompensaSem esperar por admiraçãoApenas fazer-se ouvir a voz do coração.
Lunes, Enero 13, 2014 - 17:00
Curso do rio.
Nunca consegui pintar o seteTão pouco alguém tirou o chapéu para mimMuitos são os números paresMas refletida a sua quantidade iguala-se aos impares.Nunca passei por uma primavera sem o frio do invernoE nunca passei por um outono sem antes me aquecer com o verãoComo consequência, nunca presenciei o amor sem antes a paixãoE como parte da degradação humanaSei que o acumulo demanda sangue.Todo regato tem uma existência débilMas a sua água doce nos é essencialPois o mar evapora água enquanto o seu sal decantaE os governantes nos cobram IPVA e IPTUEnquanto suas amantes livram-se da fadiga.
Jueves, Enero 9, 2014 - 17:29
Frago.
Sem me sentirSem me perceberEstou invadindo o seu quintalEntrando pela sua portaE mostrando a realidade brutalAtravés dos meus versosQue foram ortografados na dor e com sangueSem açoites e sem oportunidades.Não deixo vestígiosE também não planto o rancorTrago-lhe apenas ideaisQue perdurarão por toda a eternidadeConcretizando o meu legadoE epigrafando em meu túmuloPara o mundo todo saber
Lunes, Enero 6, 2014 - 14:16
Prazer.
Serenatas são de amorFilmes não de terrorCiúmes somente da minha florSaudades apenas do que se passouE a quando a paixão culmina, brota-se um sorriso.Calma rapazDevagar com o andorNão estou falando de amorPois o que se encontra hoje é somente prazerO algoz da sua existênciaAquele que o adormeceu, o embriagouEndureceu o seu coraçãoE retirou a sua vida.
Viernes, Enero 3, 2014 - 17:03
Devaneios.
O abstrato me pareceu ausenteNo seu conscienteDificultando as premissas, as suposições e indagações.De que forma geraram a corrupção?Será que foi através de um dissimulado,Um anarquista inconsequenteOu um neoliberalista cônscio.Aproveite o deleiteViva como nunca viveuComa como nunca comeuE colha o que nem plantouPois quando acordar, verá!O que nunca vai enxergarO que nunca irá viverO que a vida não vai lhe oferecer.
Viernes, Diciembre 27, 2013 - 12:03
Partido Revolucionário.
Sou de um partido diferenteUm partido que anseia pelos eleitores contentesNão sou de um partido capitalistaQue anseia por uma sociedade numerariaSou de um partido enigmáticoQue luta pelo melhor no seu mandato.Não sou do PTMuito menos PMDBPSDB nem pensarO tucano, prefiro enforcarNão sou mercantilistaMuito menos neoliberalistaSou indigente nesse sistema brutalNão possuo raiz empresarial.Sou de um partido que promove a justiça
Lunes, Diciembre 23, 2013 - 08:31
Avanço tecnológico do racismo.
O racismo ainda continuaReferente ao sol e a luaClarificando onde a escuridão não perpetuaNão me diga que não é fatoOs maus tratos a que somos submetidosAo baixo salárioE a uma vida sem incentivosNão me é convincenteA história dementeQue o racismo se aposentouEle apenas trocou de roupaProgrediu e se multiplicouObservem! Nem todo negro é pobreMas todo pobre é negro.
Sábado, Diciembre 21, 2013 - 15:20
Campo de Libra.
Sentenças intensasPara meros estudantesJuventude dirigidaPoder delegadoObjetivo realizado.O negro saiu do poçoE o povo se afunda cada vez maisBarris de petróleoExtraído para os nobresRetirados dos pobresDo ventre de um sistema corrompido.O negro é capitalGera lucro nacionalDividendo exteriorBranco virou sua cor
Sábado, Diciembre 21, 2013 - 15:19
Ó meu Brasil.
Ó meu Brasil!Do pau-brasil até o tiro de fuzilÓ meu Brasil!Lindos e verdejantes camposContrastando com morros e casas construídas em barrancosÓ meu Brasil!Clima tropical, país sensualDo inverno ao verãoDo inferno ao alto-escalãoÓ meu Brasil!Não é ocidente, muito menos orientePaís sem autonomia, onusto de burocraciaPátria da servidão, nação sem direçãoÓ meu Brasil!Tu és verde, azul e amarelo
Sábado, Diciembre 21, 2013 - 15:14
Polígono das Secas.
Do alto da compadecidaAvisto um povo semiáridoSem água, com solCom fronteiras amargas e com expectativas.Já presenciei sonhos regadosE também avistei vários sequiososPelo tempo da esperaPelo amor e pelo retrocesso.Dizem que a sequidão é de causa naturalQue não é nada de juízo governamentalE que o progresso já atingiu o planaltoAndando lado a lado com o assaltoMas em terra ressequida o retrocesso é a premissa da vida.